Hoje em dia é inquestionável a facilidade de acesso à informação, assim como à imensa quantidade de conteúdo que temos a disposição. Uma busca em qualquer site de pesquisa nos retorna milhares de resultados para serem filtrados.
Algo que antes da Internet não era tão simples. A informação era parca, difícil de encontrar. Principalmente quando o assunto era menos popular, pois pode parecer incrível, mas nem sempre ser “nerd” ou “geek” foi visto com bons olhos. Recebiam esse rotulo as pessoas que gostavam de nichos impopulares: games, animes e qualquer coisa que não oferecesse um bom status social para os padrões da época.
Foi no começo da década de 1990 que tivemos um fenômeno chamado “Saint Seiya”, ou “Os Cavaleiros do Zodíaco”, como foi batizado no Brasil. Um anime que alcançou grande audiência e trouxe consigo o lançamento de diversos produtos consumíveis. Entre eles as famosas revistinhas.
Tornou-se mais comum entrar nas bancas e encontrar títulos como “Herói”, “Heróis do Futuro”, “Animax”, “Anime Do”, periódicos lançados uma ou duas vezes ao mês, recheadas de imagens e informações sobre diversos animes.
Também foi graças a essas revistas que encontrávamos outros fãs do assunto, já que várias divulgavam o endereço de pessoas para troca de correspondência. Ao invés de e-mail e SMS, enviávamos cartas.
Gastávamos grande parte da mesada (se não toda ela) em revistinhas que trocávamos com os amigos, emprestávamos e alguns sequer eram devolvidas. Colecionávamos número após número, felizes com a quantidade de informações que recebíamos através delas.
Ainda tenho as minhas, caixas e mais caixas recheadas de pequenos sonhos paginados, os melhores blogs para pesquisas que tinha na época. Não era conectado à nuvem e não buscávamos no navegador. Conectava amigos, que as buscavam juntos nas bancas.
